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sábado, 8 de maio de 2010

Live Sounds: Vagos Open Air (warm up - part I)

Aqui estou eu em mais uma pausa depois de almoço... Hoje até venho teclar algo que pode ser útil a quem não sabe o que fazer nos tórridos dias de Verão de 6 e 7 de Agosto. Venho falar do cartaz do Vagos Open Air...


O cartaz está fechado e já o uploadei aqui no meu espaço para não me esquecer das excelentes bandas que vou ter a oportunidade de ver em Agosto. É de congratular a organização por ter conseguido um cartaz tão variado, onde se inclui ainda a estreia de uma delas em Portugal. Em comparação com o ano passado, penso que este cartaz é mais pesado com bandas com uma carreira mais consolidada. Basta ver as cabeças de cartaz para perceber isso. Os Carcass e os Meshuggah são bandas de peso aclamadas pela crítica especializada. Confesso que sou mais apreciadora de Carcass do que Meshuggah. Os Carcass são uma lenda viva. Foram dos primeiros a incorporar melodia no death metal, tendo verdadeiros clássicos na sua discografia. É certamente um dos concertos mais aguardados.


Os Meshuggah contam com uma carreira de mais de 20 anos num estilo único (se é bom ou não fica ao critério de cada um). Eu lembro-me de ter ouvido uma música do álbum "Chaosphere" e de ter detestado a técnica oca que a música expressava. Deixei-os completamente de lado e nunca voltei a pegar em nada deles até saber das novidades do Vagos e, antes de chamar uns quantos nomes à organização pela sensação de levar com um balde de água fria que me causaram, fui ouvir Meshuggah com mais atenção e nem desgostei... Continua a ser oco, com peso q.b., mas desta vez achei bastante audível e com uns solos complexos agradáveis... :S Estranho, não é? Definitivamente, o meu gosto musical não se escreve, mas eu insisto em prolongar linhas no meu blog com isso.


Se o ano passado tinhamos The Gathering e Amon Amarth como cabeças de cartaz, este ano temos Meshuggah e Carcass, o que me leva a concluir que o público presente será bastante diferente do ano passado. A presença de Epica e mais umas quantas bandas bastante melódicas o ano passado levou à presença de pessoas muito novas e cheguei até a ver agregados familiares completos (tipo pai, mãe e filhotes). Tal não me parece que vá acontecer este ano. Apesar de termos Kamelot no cartaz, a banda está completamente deslocada em relação ao resto (power metal fofinho no meio de death, thrash, black e folk não me parece boa ideia... mas isso é apenas a minha opinião). Espero que contribuam para um público diversificado.


Este é também um cartaz quase 100% masculino. Digo quase, porque os Kamelot na digressão anterior andaram acompanhados por vocalistas femininas. Se o ano passado havia um certo equilíbrio entre vozes femininas e masculinas, este ano isso não se verifica e continuo a perguntar-me se os fãs de metal sinfónico serão interessados o suficiente por Kamelot para rumarem até Vagos.
My Dying Bride assegura a esmagadora maioria de fãs de doom metal nacionais. Começaram na década de 90 e somam êxitos e álbuns que me agradam muito. O último deles é mesmo dos meus favoritos e estou ansiosa por vê-los actuar ao vivo. Espero que a violinista venha com eles. :)




Os finlandeses Amorphis têm uma carreira muito multifacetada (como o próprio nome da banda indica são completamente amorfos)... São contemporâneos dos My Dying Bride, tendo portanto uma longa carreira. Gosto de quase todos os álbuns, apesar de não ter apreciado tanto o último. Estão entre as bandas que me fizeram gostar de metal, por isso é com muito agrado que assistirei ao concerto deles. Certamente terão muitos fãs portugueses presentes.



Ensiferum e Gwydion representam o folk neste festival. É sempre fenomenal ver folk ao vivo. A energia que estes concertos transmitem é única e chamam muita gente para o bailarico. Os Gwydion são das bandas nacionais que mais tem evoluído, como comprova o seu último álbum. Terei muito gosto em vê-los pela terceira vez.



Ghost Brigade, Oblique Rain e My Dying Bride conjugam optimamente (PARA MIM... é bom relembrar que isto é a minha opinião) no mesmo dia no Vagos. O último álbum dos Ghost Brigade foi o meu preferido do ano passado e muito rodou nas minhas playlists. Não posso perder. As músicas marcaram-me muito. Será um dos concertos mais introspectivos para mim (por muito estranho que possa ser dizer isto duma banda de death metal).




E pronto... Fica por aqui a primeira parte da minha apresentação do cartaz do Vagos. Na segunda parte falarei melhor das bandas portuguesas.

3 comentários:

  1. Com Dying Bride , Carcass, Ghost Brigade, Amorphis, à cabeça é mesmo para dizer finalmente Portugal está no roteiro dos grandes concertos!.... :D

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  2. ;)
    A grande novidade é mesmo meshuggah. Dos portugueses Oblique rain The Firstborn são os que mais me chamam à atenção.

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  3. É incrível terem conseguido uma estreia nacional de uma banda. Só prova o grande esforço que estão a fazer para que o festival seja reconhecido e traga qualidade musical (claro que o conceito é subjectivo e tal...) a este cantinho da Europa. :)

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