Este é o meu espaço... Aqui vou postar os concertos dos géneros musicais que mais gosto, as músicas que mais ouço, as minhas recordações musicais e as minhas pseudo-reviews... Não esperem a qualidade nem a continuidade de uma webzine... Isto é apenas o meu mundo de sons pelas minhas palavras...
Não sou apreciadora do género musical electrónico e mal distingo trance de house ou techno e até mesmo os electrogoths e EBMs. Só sei os nomes por cultura geral e também porque gosto de algumas coisas relacionadas. Inauguro esta categoria para dar a conhecer os sons electrónicos que me agradam.
Começo por esta "ligação simbiótica" de metal, trance e folk que os Noidz conseguiram elaborar em "Root Sounds From Earth". Infelizmente, esta é a única música do álbum "The Great Escape" que me agrada. Esta banda "alienígena" conta com a participação de Ivo Conceição (Comme Restus e Kalashnikov) e são muito bem vindos aos palcos do planeta Terra.
Começaram em 2004 e, após três álbuns, um livro e um dvd (ou um livro e um dvd num só, portanto, "um livro com música), gozam já de um reconhecido mérito como comprovam as duas datas seguidas de concertos em Coimbra (26 e 27 de Maio) que encheram o Teatrão. Não sei como foi o concerto de dia 26 de Maio, mas o de dia 27 foi algo de extraordinário. A voz grave de Maria Antónia Mendes e a sua prestação prende a atenção do espectador enquanto se ouve o dedilhar da guitarra portuguesa, o percutir da bateria e as cordas do baixo, ao mesmo tempo que alguns sons electrónicos complementam o ambiente e as músicas, bem como um jogo de luzes coloridas muito subtil.
Maria Antónia Mendes ora canta, ora recita na perfeição, numa melancolia musical com componentes modernos misturados com o som que tanto aprecio da guitarra portuguesa. Confesso que sou uma apreciadora de fado e talvez seja esse meu lado que me faz gostar tanto desta actualização que os A Naifa trazem ao género. Sei que não são fado... mas a inspiração no género tão tipicamente português está bem patente nas músicas deles, quer seja nas letras originais, na tristeza melancólica, na guitarra portuguesa de Luís Varatojo... Foi um espectáculo magnífico, tendo-se prolongado por dois encores.
Perdoem-me, mas esta menina japonesa lembra-me muito a Emilie Autumn. Tanto na reprodução do estilo victoriano (embora numa versão diferente, mais clássica e menos atrevida), como no uso do instrumento violoncelo que se contrapõe ao violino da Emilie. Claro que a Kanon Wakeshima tem um visual muito próprio e um estilo musical único, combinando algo que nem consigo definir entre o electrónico e o pop, bem como o toque clássico do violoncelo (estanha-se, mas depois entranha-se...).
Hoje estou com uma crise existencial "E se...". Pois... isso mesmo... E se eu voasse? E se eu fosse ruiva? E se eu fosse rica? Não são propriamente estas questões com que me estou a preocupar, mas não anda muito longe da falta de solução. O que é que se faz quando se olha para trás e se vê o que não se fez e se podia ter feito? Ora, não sei... Ouço qualquer folk e bem alegre para afastar estas ondas negativas de pensamentos. Quem me dera ser um troll...